sábado, 15 de outubro de 2011

Vitor Vogel - Fotógrafo



Rápida entrevista com o fotógrafo Vitor Vogel de 27 anos, nascido em Petrópolis e como o mesmo diz "radicado em Niterói", feita na madrugada e pela internet, naturalmente faltará algo, principalmente um making off. Mas acho que ficou bacana!

-Então Vitor, você fotografa desde quando?
Tem quatro anos,profissionalmente dois anos.


-E o que te fez querer isso?
Uma mudança na forma de perceber o mundo,minha vida e vocação. Cursava história e desejava ser professor, repensei sobre as possibilidades de vida e do campo profissional, assim como da valorização social da docência. Não que a fotografia seja a mais valorizada das áreas, mas ela consegue sensibilizar e atingir mais pessoas. Além do mais, descobri que um hobbie pode ser uma profissão muito prazerosa.


-Você sempre foi um guri revolucionário, ou era tranquilo na infância?
Era um menino tranquilo até os 15 anos, idade mítica onde a revolta toma conta da alma, comecei a me envolver com movimentos estudantis e políticos. Até entrar na universidade, a militância foi importante, mas não decisiva. Quando me transferi para Niterói, entrei de cabeça no movimento estudantil.


-Acha que essa mudança não influenciou em suas mudanças pessoais?
No começo pouco, pois pouco vivi a cidade de Niterói.


-Como assim?
Quando militei na UEE (união estadual dos estudantes), morava na minha mochila. Vivia mais tempo na rua do que em casa. Mais tempo no rio do que em Niterói.


-O que você pretende construir pra sua vida?
Ser fotógrafo, talvez professor.
De fotografia sim, de outras disciplinas não sei.


-E família? Você acha de extrema importância construir uma "pra você"?
Penso nisso, acho importante, mas o momento não é agora.


-Consegue se imaginar daqui 10 anos?
Sim. Vivendo do meu ofício, lecionando fotografia ou algo muito relacionado (talvez os dois). Começando uma família e com carreira acadêmica consolidada.


-O que você pensa do mundo em que vivemos?
Horrível e injusto. Conseguimos mandar um homem para a lua e deixar outros milhões morrerem de fome na ruas.
Mas há esperança!
Os homens e mulheres por todo o mundo lutam, ocupam e bradam por uma vida melhor. Vamos conquistar dias melhores...


-Já teve medo dos seus ideais? Acha que são utópicos?
Não tenho medo deles. Tenho medo daqueles que querem destruí-los. Tenho um objetivo pontual, um tático e outro estratégico, mas minha luta é, sim, utópica.

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Fernando Birri



-Como você se define?
Nascido em petrópolis e radicado em Niterói.
Historiador por formação, fotógrafo por ofício e paixão.
De alma jovem e crítica, alinho os olhos, a cabeça e o coração para viver cada minuto da vida avançando sempre e sempre.


-O que diria as pessoas do mundo se elas pudessem te ouvir?
Acordem!
Podemos viver livres, em paz e harmonia.
Mudemos!

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