sábado, 15 de outubro de 2011

Dani Remião

Mais uma fotógrafa foi a entrevistada da vez. Dani Remião, gaúcha, 39 anos, andante, pentelhou a entrevista inteira, reclamando e questionando as minhas perguntas, o problema de entrevistar amigo é esse, eles acham que podem interferir no seu trabalho. O resultado da entrevista foi esse, espero que tenha ficado bacana!

-Quando decidiu colocar "a perna no mundo"?
Hmmmm... Sempre tive a alma cigana... Quando fui morar na California, em 1995, descobri em mim a capacidade de suportar (embora seja bem dificil) a distância da familia e dos amigos, além do grande prazer de conhecer outros lugares, pessoas e culturas. Foi uma vontade minha ir pra lá. Me organizei e fui.
Os demais lugares, Amazônia e Rio de Janeiro, aconteceram... Eu apenas segui as oportunidades... Deixei a vida me levar.
Atualmente, mesmo morando longe, volto com certa frequencia ao Rio Grande, e isso me dá uma sensação de também continuar morando lá. Continuo com minhas asas por ai e ao mesmo tempo mantenho minhas raízes lá.


-Qual era o seu sonho quando era Dani-menina?
Bah! Acho que quando criança temos tantos sonhos... Mas sem a preocupação de torná-los realidade. O prazer de ter sonhos nos contentam na infância. Eu lembro que dizia que quando crescesse queria ser bailarina, talvez influenciada por um livro infantil que eu tinha... Nunca sequer fiz balé também pensava em um dia viajar pra Califórnia, conhecer a Disney (acho que toda criança tem esse sonho)... Mas eram sonhos utópicos... Quando fui morar lá foi uma sensação de estar vivendo um sonho, foi uma das melhores épocas da minha vida. Acho que na infância eu não sonhava muito com a preocupação de realizar. Tive uma infância muito feliz e isso me bastava.


-E profissão almejada na adolescência?
Só comecei a pensar em profissão quando a época do vestbular foi chegando. O primeiro curso que pensei foi Artes, seguindo a minha preferência pela matéria na escola. Mas a reação das pessoas não era muito boa quando eu dizia isso. Então fui mudando e decidi fazer Arquitetura. Na época só existia curso de Arquitetura na UFRGS. Como fiz vestibular nas duas maiores universidades do sul (UFRGS e PUC), acabei optando por prestar o vestibular na PUC para Informática, que na época era o curso mais dificil, exceto Medicina e Odontologia que eu sabia que não queria fazer. Passei nas duas e fiz em paralelo os dois cursos. Mais pro final do curso, que exigia maior tempo e dedicação, tive que optar por permaner em apenas um, e escolhi a Informática, pois precisava acabar o curso no tempo correto pois tinha bolsa de pesquisa na universidade, pensando em mais tarde concluir também a Arquitetura. Quis o destino,
que outras obrigações fossem surgindo e a falta de tempo não em deixou concluir o outro curso.
Da Arquitetura me ficou até hoje a Fotografia, área que atualmente mais me dedico profissionalmente, embora as duas ainda permaneçam comigo.Acabei trabalhando em empresas e institutos de tecnologia, mas após concluir o Mestrado em Computação, segui a docência universitária, que amo, embora esteja afastada ultimamente por conta do Doutorado. Aliás, não diria que foi um sonho de criança, pois não pensava nisso na época, mas era minha brincadeira preferida na infância. Tem coisas que só percebemos em nós mesmos depois de muito tempo... o destino nos mostra.


-Como e quando a fotografia entrou na sua vida?
Tinhamos a disciplina de Fotografia já desde o primeiro semestre da faculdade de Arquitetura.
Minha paixão pela Fotografia aconteceu no momento em que vi pela primeira vez uma foto minha surgir num papel em branco mergulhado na química na penumbra do laboratório... tive ali a certeza que aquela atividade me pertencia, ou eu a ela.


-Você é muito namoradeira?
Bom, não sei o que significa "ser namoradeira" para você... Tenho 39 anos e nesse tempo 10 namorados (Um de cada vez). Acho legal namorar quando encontro alguém que me motive a ter um relacionamento sério. Não namoro há mais de 4 anos. Meus namoros duraram em média 2 anos. Acho um tempo legal pra saber se é aquela pessoa, se é aquele relacionamento que eu quero por mais tempo... Não vejo porque continuar quando não é. Talvez por isso eu tenha tido um número considerável de namorados (acho que 10 não é pouco). Adoro namorar, sempre namorei. Nunca fiquei tanto tempo sem namorar como agora. Já fazem mais de 4 anos. Nesse tempo não encontrei ninguém que me motivasse a ter um relacionamento sério. Mas gosto de me relacionar sempre, mesmo sem compromisso, geralmente tem um affair por perto.


-As pessoas dizem sempre do primeiro beijo ser inesquecível, como discordo vou perguntar pra você, o seu foi?
Acho que dizem ser inesquecível por que a expectativa era maior por ser o primeiro, e isso marca. Eu lembro com quem foi e onde eu estava, mas do beijo e si, muito pouco. Outros beijos foram muito mais inesquecíveis pra mim que o primeiro.É marcante porque depois do primeiro, vários outros acontecem sem aquele "bloqueio" do desconhecido.


-O que você pensa do mundo que vivemos. Digo, da atualidade, do HOJE?
Penso que hoje as coisas sao mais fáceis e mais dificies... em tudo! É mais fácil eu me comunicar com as pessoas em todo o mundo com a tecnologia que hoje temos, mas é mais difícil encontar pessoas confiáveis, fazer amigos de verdade. É mais fácil ter acesso a informações e opções, e mais difícil decidir entre as varias possibilidades. É mais fácil administrar a casa (com tantos eletrodomésticos que facilitam a vida) e mais difícil reunir todos ao redor da mesa. É mais fácil ter relacionamentos amorosos e mais difícil encontrar alguém realmente especial que valha a pena. Acho que antes, a felicidade era mais palpável, o destino mais previsível. Hoje são tantas possibilidades e facilidades em todos os aspectos da vida, que isso acaba tornando tudo mais difícil, mais incerto, mais inseguro...

-O que você mudaria na atualidade?
Se eu pudesse, mudaria as pessoas e as tornaria seres 100% verdadeiros!


-Como você se define?
Sou uma pessoa independente. Amo a liberdade! E extremamente sincera. Penso que isso tenha a ver com ser livre também. Como boa virginiana, sou crítica e exigente, com os outros e mais ainda comigo. O que alguns chamam de teimosia foi o que me fez conquistar o que tenho hoje. Dizem que sou corajosa, mas confesso que muitas vezes tenho receio de escolher a opção errada. Tenho personalidade forte, sou gaúcha. Tenho defeitos, vários! Sou humana. Mas prezo por valores e não abro mão deles.


-Qual é a sua utopia?
Me fez lembrar Mário Quintana... “Se as coisas são inatingíveis. Ora! Não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas!”.
Já acabei respondendo antes: "Queria que as pessoas fossem 100% verdadeiras." E um mundo sem poluição, completaria o cenário perfeito.

-Agora o seu recado para o pessoal!
Imagine quem você quer ser. E se construa dessa forma, sem jamais perder o contato com a realidade.
Tome cuidado com o que você pede ao universo... Ele responde e as coisas acontecem!
Não acredite em tudo que os outros dizem, mas mantenha-se atento ao que você sente. Permaneça cercado de pessoas de bem e que estão em sintonia com você.
E afaste-se de quem não lhe faz sentir coisas boas. As energias são contagiantes...
Faça o que tem vontade, sem nunca esquecer a responsabilidade e a coerência com o que acredita. O arrependimento de não ter feito algo que podíamos e queríamos ter feito não nos abandona depois.
Procure ser feliz sempre, nas pequenas coisas! Se algo não está bom, mude. Seja autêntico com os outros e com você, só a verdade nos dá a real sensação de liberdade!

Vitor Vogel - Fotógrafo



Rápida entrevista com o fotógrafo Vitor Vogel de 27 anos, nascido em Petrópolis e como o mesmo diz "radicado em Niterói", feita na madrugada e pela internet, naturalmente faltará algo, principalmente um making off. Mas acho que ficou bacana!

-Então Vitor, você fotografa desde quando?
Tem quatro anos,profissionalmente dois anos.


-E o que te fez querer isso?
Uma mudança na forma de perceber o mundo,minha vida e vocação. Cursava história e desejava ser professor, repensei sobre as possibilidades de vida e do campo profissional, assim como da valorização social da docência. Não que a fotografia seja a mais valorizada das áreas, mas ela consegue sensibilizar e atingir mais pessoas. Além do mais, descobri que um hobbie pode ser uma profissão muito prazerosa.


-Você sempre foi um guri revolucionário, ou era tranquilo na infância?
Era um menino tranquilo até os 15 anos, idade mítica onde a revolta toma conta da alma, comecei a me envolver com movimentos estudantis e políticos. Até entrar na universidade, a militância foi importante, mas não decisiva. Quando me transferi para Niterói, entrei de cabeça no movimento estudantil.


-Acha que essa mudança não influenciou em suas mudanças pessoais?
No começo pouco, pois pouco vivi a cidade de Niterói.


-Como assim?
Quando militei na UEE (união estadual dos estudantes), morava na minha mochila. Vivia mais tempo na rua do que em casa. Mais tempo no rio do que em Niterói.


-O que você pretende construir pra sua vida?
Ser fotógrafo, talvez professor.
De fotografia sim, de outras disciplinas não sei.


-E família? Você acha de extrema importância construir uma "pra você"?
Penso nisso, acho importante, mas o momento não é agora.


-Consegue se imaginar daqui 10 anos?
Sim. Vivendo do meu ofício, lecionando fotografia ou algo muito relacionado (talvez os dois). Começando uma família e com carreira acadêmica consolidada.


-O que você pensa do mundo em que vivemos?
Horrível e injusto. Conseguimos mandar um homem para a lua e deixar outros milhões morrerem de fome na ruas.
Mas há esperança!
Os homens e mulheres por todo o mundo lutam, ocupam e bradam por uma vida melhor. Vamos conquistar dias melhores...


-Já teve medo dos seus ideais? Acha que são utópicos?
Não tenho medo deles. Tenho medo daqueles que querem destruí-los. Tenho um objetivo pontual, um tático e outro estratégico, mas minha luta é, sim, utópica.

"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.
Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Fernando Birri



-Como você se define?
Nascido em petrópolis e radicado em Niterói.
Historiador por formação, fotógrafo por ofício e paixão.
De alma jovem e crítica, alinho os olhos, a cabeça e o coração para viver cada minuto da vida avançando sempre e sempre.


-O que diria as pessoas do mundo se elas pudessem te ouvir?
Acordem!
Podemos viver livres, em paz e harmonia.
Mudemos!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Luiza Alexander


Esse final de semana entrevistei a Luiza Alexander, que é uma menina de 12 anos, carioca da gema, flamenguista, uma fofa, super inteligente e simpática. Foi uma conversa divertida e quase não perguntei nada, estávamos preocupadas com outras coisas que não eram a entrevista...


O que você pensa da sua geração?
Acho que esta piorando cada vez mais. Acho que as pessoas estão ficando sem graça, a quallidade das músicas estão caindo... É a vida!
O que você gosta MUITO de fazer?
Boa pergunta (risos)... Ouvir música.
Que tipo de música você ouve?
Acho que gosto de rock e pop. No geral é isso!
Você faz algo além de estudar?
Nada (risos)... Brincadeira. eu assisto TV, vou no computador, vejo meus amigos e faço teatro.
O que você acha de seus pais?
Hum... Ah... Eles são diferentes, por serem mais novos. Mas em geral eu acho melhor.
Você tem uma profissão em mente?
Tenho... Todo mundo me mata quando eu falo... Eu quero ser atriz... Mas não sei se vou seguir a carreira de atriz, por que ganha pouco. Quero muito ser fotografa.
Utopias?
De conhecer o John Lennon, ter uma irmã gêmea, ter nascido na Europa. eu penso em lugares que nunca vão existir. lugares e pessoas também.
Como assim pessoas?
Pela lógica. Ninguém vai ser perfeito. Uma pessoa que me faça feliz pra sempre...






TWITTER: http://twitter.com/Lu_alexander

sábado, 4 de junho de 2011

André Khewald - Modelo


Finalmente o blog de entrevistas!
E resolvi começar com alguém que não esta no meu meio social, e que não faz parte da loucura da minha vida, mas que eu conheci agora na temporada do Fashion Rio (sou muito chique), e achei ele uma figura muito bacana e já que é pra começar que seja com o pé direito.
O nome dele é André, modelo descoberto por Diego Comarella agenciado na Mega Models em São Paulo, tem 20 anos, é escorpiano natural de Pato Branco-PR, cidade aliás que ele sente muito orgulho sempre que cita, e fez questão que eu dissesse sua origem.
Resolvi perguntar mais sobre o universo dele, que é o da moda, mas não funcionou muito por que eu sou meio desligada desse mundo, tenho até uma amiga estilista que diz que eu sou o terror dos estilistas, então imaginem só... É isso pessoal, conheçam um pouco do André.

Você modela há quanto tempo?
Desde 2010, tem um ano e três meses.
Você escolheu ser modelo ou alguém disse pra você?
Na verdade sempre gostei de posar pra foto desde pequeno, aí aconteceu, e eu virei modelo. Curto muito tirar foto, minha vida é tirar foto!
E o que você mais gosta nesse mundo da moda?
Depende, eu amo o que eu faço, amo tirar fotos, desfilar, conhecer gente nova, gosto de sorrir, amo a profissão que eu tenho, AMO!
O que você acha que é difícil, ou ruim?
Ficar longe da mãe que eu amo muito, as pessoas que eu amo os meus amigos, ah... Não sei o que falar, sinto falta de tudo, meu irmão, meus amigos minha igreja...
Quais são suas medidas?
1,88 altura, peso 72 kg
Manequim?
38
E como esta sendo sua vida em São Paulo?
Maravilhosa! tenho amigos. Os modelos de lá são como uma família, amo todos eles!
Quando você soube que ia vir para o Fashion Rio?
Fiquei muito feliz! Na verdade eu estava no sul, e fui chamado de última hora, fiquei feliz pra caramba!
Você namora?
Então... Sou solteiro (risos). Há três meses. Sou um solteiro recente.
E esta à procura de um amor?
Ah, se rolar de conhecer uma pessoa bacana, tem futuro. Eu quero uma pessoa companheira que seja bonita, atraente e seja honesta.
Você é tipo homem pra casar?
Isso mesmo! Quero compromisso sério.
Você não acha que as pessoas "se perdem" muito nesse mundo?
Não, eu tenho consciência do que eu quero fazer.
Mas você conhece muita gente que "se perde" nesse meio?
Conheço. É que lá (em São Paulo)por ser modelo sobe a cabeça e a pessoa fica louca. Tem que ter consciência do que tu quer fazer. Tu tem que ser a diferença saca?
A diferença é não se perder?
Com certeza!
Nesse um ano você já pegou muitos trabalhos?
Trabalhei bastante
Quais foram os principais trabalhos?
Fiz a revista MAG, Fiz um trabalho pro FFW (São Paulo Fashion Week), fui o garoto da temporada Fashion Rio e do FFW.
E onde você pretende chegar?
Ser Top Model. Quero representar Pato Branco, a minha cidade que eu amo muito, tenho muito orgulho da minha cidade. Pra caramba!
Que trabalhos você vai fazer em Londres e Ásia?(essas informações eu descobri paralelas a entrevista)
Ainda não sei, é pra temporada de moda.
Como você se descreve?
Uma pessoa simples, humilde, me apego fácil, tenho muita sensibilidade a nova amizades... Ah... sou uma pessoa muito sensível!
Um recado pra galera, pode ser?
Acompanhem meu trabalho aí, espero que gostem, torçam por mim.
E dizer que estou muito feliz com tudo o que esta acontecendo. Sinto muita falta da minha família, meus amigos e minha cidade. É isso aí!




Link: http://diegocomarella.blogspot.com/2011/05/andre-souza-modelo-destaque-da-semana.html